sábado, 22 de abril de 2017


Dilma: traição


As delações da Odebrecht apontam que Dilma Rousseff sabia que sua campanha foi bancada com dinheiro de propina e paga no caixa dois. Aparentemente, isso não a perturbava, afinal, era assim que o sistema político-eleitoral “funcionava”. Mas o episódio que a deixou, de fato, transtornada foi o de que seu próprio assessor tido como um filho, Anderson Dornelles, recebia mesada de R$ 50 mil da empreiteira, sabe-se lá por quê. Ao analisar os vídeos, ficou no entorno da petista a dúvida: além de fazer chegar demandas da Odebrecht como e-mails e telefonemas, teria Anderson, que frequentava o núcleo político e familiar de Dilma, vendido para empresas informações presidenciais privilegiadas? O assessor nega o recebimento das mesadas. Dilma tem dúvidas.
Atirados…
A nota oficial de Dilma após a divulgação dos depoimentos de João Santana e Mônica Moura chocou até ex-funcionários do Planalto. A petista diz que “nunca autorizou arrecadação de recursos por meio de caixa dois”. E que “todos que participaram nas instâncias de coordenação das duas campanhas sempre tiveram total ciência disso”.
…aos leões
A ex-presidente simplesmente lava as mãos – para tentar livrar a biografia e a própria pele – e atira seus ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega aos leões. Segundo delações da Odebrecht, eles eram os arrecadadores extra-oficiais. Esse movimento foi interpretado como uma vacina para a eventual delação de Palocci no horizonte.

ISTOÉ

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