terça-feira, 1 de setembro de 2015

Dilma pede ajuda a deputados para reduzir rombo fiscal

Depois de apresentar proposta de Orçamento para 2016 com previsão de déficit, presidente se reuniu com líderes da base aliada em busca de soluções para aumentar a arrecadação


A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto
A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto(Ueslei Marcelino/Reuters)
Depois de apresentar a proposta de Orçamento para 2016 com previsão de déficit de 30,5 bilhões de reais, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite desta segunda-feira com líderes da base aliada na Câmara para pedir apoio ao projeto orçamentário e ajuda na busca por saídas para o rombo nas contas públicas. Dilma também mostrou disposição em ir ao Congresso para defender a proposta, mas a data da visita ainda não foi marcada.

LEIA TAMBÉM:
Governo apresenta previsão de rombo de R$ 30 bi no Orçamento de 2016
Previsão de déficit agrava preocupações sobre perda de grau de investimento
No encontro no Palácio do Planalto, a presidente fez um apelo para que os deputados não aprovem medidas que causem mais despesas para o governo e disse que está aberta a sugestões do Congresso para aumentar as receitas da União. Dilma também pediu que os vetos presidenciais ao fator previdenciário e ao reajuste ao Judiciário sejam mantidos. O governo pensava em evitar o rombo com a recriação da CPMF, mas desistiu da empreitada desastrada diante da forte rejeição de parlamentares e empresários no fim da semana passada.
Depois da reunião, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), elogiou o que chamou de transparência da proposta orçamentária e disse que o projeto deve ser aprovado no Congresso. "Não vejo grandes dificuldades na aprovação do Orçamento. Ele é real, transparente, não está maquiado e reflete a realidade do Brasil", afirmou.
A opção de dividir com deputados e senadores os danos políticos do Orçamento deficitário foi decidida na reunião da coordenação política do governo na manhã de segunda, quando houve a defesa da mobilização do Legislativo para promover uma espécie de "reforma estrutural emergencial" para tentar encontrar recursos para melhorar as contas públicas. Ao entregar a proposta, o ministro do Planejamento Nelson Barbosa citou a importância do Congresso na busca de uma saída para a crise.
Após receber a proposta do Orçamento para 2016, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) falou em "mudança de atitude do governo" ao apresentar um projeto "mais realista". O peemedebista, que nas últimas semanas voltou a estender a mão ao Planalto ao se tornar fiador de uma agenda anticrise, disse que é preciso "fazer o dever de casa". "O Congresso vai fazer o que for possível para fazermos a reforma do Estado para cortarmos despesas e melhorarmos o ambiente de negócios e de investimento", afirmou.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário