quinta-feira, 30 de julho de 2015
O novo desdobramento da
investigação Lava Jato, que envolve desvios no setor elétrico, deve
tornar ainda mais delicada a situação do PMDB e a da própria presidente
Dilma Rousseff. Preso por receber propina na obra de Angra 3, o
presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, tem
proximidade com o grupo do ex-presidente José Sarney (PMDB) e também
manteve convivência estreita com Valter Cardeal, o homem de confiança de
Dilma Rousseff no setor elétrico. Como VEJA mostrou, Cardeal é acusado
de captar propina para a campanha da presidente em 2014. Ao lado de
Adhemar Palocci, ex-diretor da Eletornorte e irmão de Antônio Palocci,
eles podem levar o caso para ainda mais perto do Planalto. O PMDB, por
sua vez, sempre foi o principal beneficiário pelo loteamento de cargos
implementado pelo PT no setor elétrico. Durante o período dos desvios, o
ministro de Minas e Energia era Edison Lobão (PMDB), que também está
entre os investigados na operação Lava Jato. Dilma, aliás, ocupou o
mesmo posto entre 2003 e 2005. Assim como no caso da Petrobras, cujo
conselho de administração ela presidiu, será difícil argumentar,
simultaneamente, que a petista é uma gestora atenta e uma adversária da
corrupção. Ela terá de abdicar ou de um figurino ou de outro.(Gabriel Castro, de Brasília)
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