Câmara veta emendas e conclui votação da MP que endurece regras trabalhistas
O texto principal da matéria foi aprovado na quarta-feira em meio a bate-boca e manifestações contra o governo
O projeto aprovado nesta quarta-feira é o primeiro item do ajuste fiscal proposto pelo governo para viabilizar uma economia inicialmente prevista de até 18 bilhões de reais aos cofres públicos. Após o Planalto acatar mudanças feitas ao texto, o valor poupado deve ser reduzido.
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Depois do 'PTrodólar', sindicalistas fazem ato com dinheiro na cueca
Em relação ao abono salarial, o texto avalizado pela Câmara prevê a liberação do benefício ao trabalhador que comprovar vínculo de no mínimo 90 dias no ano anterior ao pagamento do recurso, pago anualmente aos trabalhadores que recebem por mês até dois salários mínimos. Nesta quinta, deputados do PPS tentaram retomar a regra em vigor, que libera o recurso para aqueles que trabalharem formalmente por trinta dias, e também saíram derrotados.
"Vocês vão acabar com o futuro do trabalhador brasileiro. Vão para o aeroporto, peguem o avião, mas não se esqueçam de pedir perdão por essa sacanagem que vocês fizeram com o povo", disse o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) aos parlamentares. "Esse ajuste é um equívoco. É impressionante alguns líderes petistas traírem a sua história. As medidas são contra os trabalhadores", afirmou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Depois da sessão tumultuada de quarta-feira, a votação desta quinta se deu sem surpresas. Sindicalistas voltaram à Câmara para protestar e realizaram um breve ato pedindo "Fora, Dilma" e portando dólares em cuecas vermelhas - um constrangimento ao líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), que em 2005 teve o assessor flagrado com 100.000 dólares na cueca.
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