MP quer ressarcir Petrobras com imóveis de executivos
Com oferecimento de denúncia, força-tarefa de procuradores pretende solicitar o sequestro de recursos dos dirigentes de empreiteiras investigados
Daniel Haidar, de Curitiba
Executivos
presos na sétima fase da Operação Lava Jato são liberados pela Polícia
Federal, na noite desta terça-feira (18/11), na sede da Polícia Federal
em Curitiba - Junior Pinheiro/Folhapress
Leia também:
As contas bancárias dos integrantes do clube do bilhão
Vice-presidente da Camargo Corrêa passa mal e é levado a hospital
Em depoimento, lobista nega ligação com PMDB
O sequestro de bens foi justificado pelo fato de os empresários terem "limpado" suas contas bancárias no Brasil dias antes da deflagração da sétima fase da Lava Jato, justamente para evitar o congelamento de recursos depositados em bancos. Alguns executivos estavam com a conta bancária zerada. O valor a ser sequestrado em imóveis e ativos financeiros ainda vai ser estimado, com base no prejuízo causado pelos acusados aos cofres da estatal com o superfaturamento e o desvio de recursos.
Em uma estimativa preliminar, o juiz Sérgio Moro determinou o congelamento de até 20 milhões de reais de cada um dos 25 suspeitos. Mas o valor passou longe de ser atingido na maioria dos casos, tendo em vista o que os investigados tinham em contas bancárias, e pode ser alterado com o oferecimento da denúncia. A Justiça só conseguiu bloquear cerca de 47 milhões de reais dos 720 milhões pretendidos inicialmente.
O objetivo do Ministério Público Federal é oferecer denúncias à Justiça contra os acusados no dia 9 de dezembro, Dia Internacional de Combate à Corrupção. Além de sequestrar os bens dos acusados para ressarcir a estatal, o Ministério Público Federal também vai investir em ações de improbidade administrativa contra as empreiteiras formalmente acusadas de corrupção e formação de cartel. A ideia é proibi-las de assinar novos contratos com o poder público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário