Congresso
PPS cobra convocação de Quadrado na CPI da Petrobras
VEJA mostrou que condenado no mensalão também fez parte de operação montada para poupar a cúpula do PT no caso Celso Daniel
Gabriel Castro, de Brasília
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à
direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe
que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso
de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro
José Dirceu e o ex-presidente Lula
(Montagem com fotos de Ailton de Freitas-Ag. O Globo/Joel
Rodrigues-Folhapress/Rodolfo Buhrer-Estadão Conteúdo/Jeferson
Coppola/VEJA)
Quadrado recebeu dinheiro do PT para que não entregasse à Polícia Federal informações sobre outra chantagem: o pagamento de 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto, investigado por integrar uma máfia incrustada na prefeitura petista. O depoimento de Ronan tinha o potencial de arrastar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Gilberto Carvalho e o ex-ministro José Dirceu para o caso. O empresário ameaçava delatar a existência de um esquema de cobrança de propina que teria funcionado com o aval do comando nacional do PT.
Os 6 milhões de reais foram movimentados por meio de um contrato de empréstimo entre a empresa 2S, do publicitário Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto – cuja convocação pela CPI o PPS também pede. Quadrado participou da trama ao contratar uma empresa que agiu de intermediária na negociação.
A CPI vai se reunir nesta semana para ouvir Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator do amplo esquema de corrupção que beneficiou parlamentares. "O ideal seria aprovar um novo pacote de requerimentos já na próxima quarta-feira, quando a comissão se reúne para ouvir Paulo Roberto Costa", diz o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
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