Peemedebistas citam programas federais. E ignoram Dilma
Presidente tem sido esquecida pelos candidatos a governador do PMDB, principal aliado na esfera nacional
Dilma durante a convenção do PMDB que selou apoio à sua candidatura
(Lula Marques/Frame/Folhapress)
Seis dos dezoito candidatos do PMDB têm apoio formal do PT, como o alagoano Renan Filho. Ele foi o único a citar Dilma nominalmente no plano. No programa, disse que a "principal plataforma política" do governo da presidente é eliminar definitivamente a miséria absoluta no país. "Para isso, o conjunto de iniciativas vai contar com mais 100 bilhões de reais em recursos públicos até 2014, por exemplo. Esse ambicioso objetivo não pode ser alcançado sem a colaboração direta dos entes subnacionais, principalmente os Estados e municípios", destacou. O governo é mencionado 20 vezes, nas 41 páginas do programa.
Leia também:
Com PMDB rebelde e alianças inesperadas, começa a eleição no Brasil
Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo, fez uma citação protocolar ao programa Minha Casa Minha Vida nas 25 páginas do documento. Skaf começou a campanha sem colar sua imagem à da presidente, apesar de Dilma ter dito que conta com dois palanques no Estado - o dele e o do petista Alexandre Padilha.
O programa do governador de Sergipe e candidato à reeleição Jackson Barreto faz sete citações elogiosas aos programas federais, em 68 páginas. Coligado com o PT, ele assumiu o posto após a morte do petista Marcelo Déda, em dezembro.
Parceria - Mesmo sem apoio do PT do Rio, que lançou Lindbergh Farias, o governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão foi o que mais exaltou a parceria federal: "Por meio de uma parceria estruturada com o Governo Federal, a nossa atual gestão vem implantando o maior projeto social da história do Rio de Janeiro: o PAC das Comunidades". Crítico do governo no Senado, o paranaense Roberto Requião faz 17 referências à gestão federal em 158 páginas. Ao todo, faz oito citações a programas de abrangência nacional. Ao tratar do Luz Para Todos, o peemedebista cita o antecessor de Dilma, mas não a atual governante.
"O programa visa a atender famílias que pratiquem agricultura de subsistência, integrem projetos de assentamento, habitem comunidades indígenas ou estejam localizadas em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Roberto Requião fizeram, em junho de 2009, a ligação do consumidor de número 2 milhões do programa, em Congonhinhas."
Embora tenha declarado que vai dar palanque a Dilma, o candidato do PMDB no Ceará, Eunício Oliveira, elogia no programa a primeira gestão estadual do tucano Tasso Jereissati, que disputará o Senado pela chapa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário