Adriano Abreu
Em coletiva, na tarde de ontem, Carlos Eduardo anunciou redução

À priori, Carlos Eduardo asseverou que nenhuma espécie de subsídio será concedida ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) como compensação pela redução da tarifa. O Seturn foi comunicado pelo prefeito ainda na tarde de ontem, mas não falou, até agora, sobre a decisão. No final do ano passado, o Sindicato concedeu aumento aos trabalhadores do setor com base no valor da tarifa em R$ 2,40.
“É uma decisão política. Natal não pode ficar na contramão do Brasil. Nós devemos estar sincronizados com o restante do país”, argumentou o prefeito. A decisão da Prefeitura coincidiu com o dia marcado para o ato “Nacional de Lutas Contra o Aumento das Passagens, em Defesa do Transporte Público e pelo Passe Livre” em Natal e outras 74 cidades brasileiras. Na capital potiguar, o ato reuniu uma multidão de jovens, adultos e famílias que protestaram contra o aumento abusivo da tarifa e pelo passe livre.
O prefeito enfatizou, contudo, que o anúncio da revogação do valor da tarifa não tinha o intuito de enfraquecer a manifestação e seguia uma tendência nacional. “A Prefeitura apóia o movimento pacífico, mas nem sempre poderá dizer sim. Tudo depende de análise. A gente resolveu colocar Natal no cenário do Brasil”, assegurou. Para ele, a redução é decorrência de um efeito cascata, quando comparado com outras cidades que decretaram a diminuição da passagem como Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa do Seturn, a direção do órgão se reunirá hoje para deliberar sobre a decisão municipal e emitir nota sobre o assunto. A secretária municipal de Mobilidade Urbana, Elequicina dos Santos, deverá marcar uma audiência entre a Semob e o Seturn para que todas as dúvidas sejam dirimidas em relação ao recuo da tarifa. O valor da passagem de ônibus, em Natal, é definido pela Semob de acordo com uma planilha de custos que envolve desde o percentual gasto com salários até as despesas acessórias.
Conforme argumentação de Carlos Eduardo, o Seturn deve se adequar à nova realidade e não diminuir a qualidade do serviço prestado. A Semob acredita que o Seturn não irá retaliar a decisão da Prefeitura de Natal com a diminuição da frota em circulação.
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