Alves substituirá Vinicius Lages, apadrinhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Seu destino no governo ainda está em aberto
Renan Calheiros e a 'contradição inconcebível'
Henrique Eduardo Alves e a derrota do PT
Desde que perdeu a influência na Transpetro, subsidiária da Petrobras, após o também apadrinhado Sergio Machado - citado como beneficiário de 500.000 reais em propina do petrolão - ter deixado o cargo, Renan Calheiros pressionava para alocar Lages em um posto relevante no governo. O novo articulador político do governo, o vice Michel Temer, chegou a sugerir que o agora ministro demissionário do Turismo fosse transferido para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O destino de Vinicius Lages no governo ainda está em aberto.
Para conseguir ser nomeado como ministro, Henrique Alves se aliou ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Eliseu Padilha. Com a resistência de Renan, a presidente Dilma Rousseff teve de optar se desagradaria Calheiros ou Cunha. Os dois são investigados por suspeitas de terem recebido propina do escândalo do petrolão e, desde a abertura dos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso, têm elevado o tom das críticas ao governo e ameaçado barrar projetos de interesse do governo e aprovar temas controversos para o Executivo.
A posse do novo ministro do Turismo ocorrerá nesta quinta-feira.
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