terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ministro dos Transportes defende recurso que eleva valor de obras

O ministro do Transportes, Paulo Passos, defenda a utilização de aditivos nas obras
O ministro Paulo Sergio Passos (Transportes) defendeu nesta terça-feira (16) os aditivos que elevaram valores de obras em estradas e que motivaram as acusações de superfaturamento contra a cúpula da pasta e a saída de 28 pessoas do setor.
Passos alegou que as obras são contratadas apenas com projeto base e que somente depois disso é feito o projeto executivo, mais completo e que aponta as complexidades da obras, o que acaba elevando o preço.
Ministro dos Transportes diz que cabe ao Congresso paralisar obra
"Nem pode ser atribuído a mim ou a qualquer ministro o fato de se trabalhar inicialmente com uma expectativa e depois a expectativa é maior", disse.
Marri Nogueira-13.jul.2010/Folhapress
Paulo Passos defende a utilização de aditivos nas obras
O ministro chegou a usar o mesmo termo repetido dezenas de vezes pelo ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot, a chamada "mudança no escopo", para justificar os aditivos. Senadores da oposição disseram que as declarações de Passos contradizem a atitude da presidente Dilma Rousseff, que fez uma "faxina" no setor.
"Se vossa excelência estivesse correto, a presidente Dilma estaria incorreta porque ela promoveu demissões", afirmou o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR). Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), houve aumento de 154% no número de aditivos a contratos em 2010.
De acordo com o ministro, para baixar o preço das obras, conforme determinação da presidente Dilma, os projetos serão revistos e algumas obras simplificadas.
O chefe da pasta também afirmou ser contra uma CPI para investigar o setor de transportes. "Não acho que tenhamos necessidade de CPI. Temos meios, instrumentos do ponto de vista institucional e legal para investigar irregularidades", disse.
Passos ficou irritado quando questionado sobre a indicação do seu chefe de gabinete, Miguel Masella, que era presidente do conselho da Valec, outro órgão atingido por denúncias de corrupção e demissões.
"Quem está lhe falando aqui é um homem correto, honesto, de vida, de passado limpo. É alguém que tem 38 anos na esfera federal servindo da melhor forma a causa pública. O secretário que esta comigo eu o conheço há 38 anos e posso lhe afiançar que se trata de profissional íntegro e correto tanto quanto eu", afirmou.

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