OAB oficializa novo pedido de impeachment de Dilma
Quando chegou à Câmara portando os seis volumes que em mais de 1.600 páginas compõem o pedido de impeachment, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, foi recebido com protestos de petistas e militantes da União da Juventude Socialista (UJS), um dos movimentos sociais que apoiam o governo Dilma. Alvo de tentativas de agressão, o presidente da OAB foi isolado dentro do elevador privativo dos deputados. Por causa do tumulto, Lamachia não conseguiu chegar até a seção de protocolo da Câmara e entregou o pedido ao secretário-geral da Mesa Diretora, Silvio Avelino da Silva.
Desde a manhã desta segunda-feira os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Elino Bhon Gass (PT-RS) andavam pelos corredores da Câmara acompanhados de servidores comissionados e militantes. Integrado, entre outros, pelo agitador petista Rodrigo Grassi, o Pilha, ex-assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) com longa ficha na Polícia Legislativa, o grupo gritava "não vai ter golpe" e "a OAB apoiou a ditadura".
Mais cedo, Lamachia recebeu na sede da OAB em Brasília um grupo de advogados que discorda do apoio ao impeachment e cobrava uma consulta nacional a todos os integrantes da ordem. Eles protestaram com cartazes em frente ao prédio da OAB. "Isso deve ser encarado como uma divergência, não como um racha na OAB", ponderou Lamachia.
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No último dia 18, o conselho federal da OAB aprovou em plenário o apoio ao impeachment da presidente por 26 votos a dois - os únicos contrários foram do membro honorário Marcelo Lavenère, representante de ex-presidentes, e da seccional do Pará.
O presidente da OAB afirmou que a decisão foi democrática. "A OAB envolveu mais de 5.000 dirigentes da ordem e os 27 Estados. A decisão é absolutamente técnica", disse o presidente da OAB Claudio Lamachia. "A questão política e partidária, as ideologias não nos pertencem."
Na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia dito que não despacharia de imediato o pedido da OAB.
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