Aécio visita favela no Rio e aponta dificuldade de Dilma para fazer campanha na rua
Candidato defendeu proposta segundo a qual jovens de 16 a 18 anos acusados de crimes hediondos possam responder criminalmente se juiz autorizar
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, chega ao bairro de Vigário Geral, no Rio de Janeiro - Daniel Haidan
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Na noite de quinta-feira, Dilma esteve em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para um jantar fechado organizado por políticos aliados. Foi uma tentativa de reação ao abandono do PMDB fluminense. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afagou Dilma e prometeu buscar votos para ela. A cúpula do partido no Estado, entretanto, lançou o "Aezão" para puxar votos para Aécio e Pezão.
Durante a visita a uma das regiões conflagradas por conflitos entre policiais e traficantes, Aécio defendeu a possibilidade de jovens entre 16 e 18 anos acusados de crimes hediondos responderem criminalmente, caso isso seja autorizado pelo juiz da infância e juventude. Caberia ao Ministério Público pedir ao juiz para decidir se o criminoso possuía consciência do crime. A proposta consta em projeto de lei de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB), candidato a vice-presidente na chapa dele.
“O projeto do Aloysio atinge 1% dos jovens que comete algum delito e pode sinalizar um caminho de diminuição da impunidade. Vamos travar essa discussão, mas é um paliativo. A solução é educação, oportunidade e o Brasil voltar a crescer”, afirmou.
Acompanhado da filha Gabriela Neves, o presidenciável tucano conheceu uma favela fluminense sem Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o programa de ocupação policial do PMDB no Rio que Aécio pretende reproduzir em outras regiões do país.
Ele também criticou o fato de Dilma ter sido poupada no julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo prejuízo causado com a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. “Acho curioso que diretores sejam responsabilizados e membros do conselho com responsabilidade formal pela decisão tenham tido tratamento diferenciado. Falta uma palavra pessoal da presidente sobre esse caso”, criticou.
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